Gestão climática para empresas: entenda os desdobramentos da Regulamentação do Mercado de Carbono no Brasil
Notícias sobre catástrofes naturais estão bem mais frequentes, o que é um alerta para a urgência de combater os desequilíbrios ambientais que ocasionam mudanças no clima em todo o mundo.
Nesse sentido, o aumento das emissões de gases de efeito estufa (GEE), especialmente o dióxido de carbono (CO2), coloca a gestão climática no centro das preocupações em diversos países, incluindo o Brasil. Por isso, passos importantes estão sendo dados, como a Regulamentação do Mercado de Carbono no Brasil.
Isso acontece porque essas transformações impactam o meio ambiente e também afetam diretamente as empresas, tornando a “gestão climática” uma necessidade inadiável. Saiba os detalhes e desdobramentos para as organizações a seguir.
Índice
1. Regulamentação do Mercado de Carbono no Brasil
2. Descarbonização da indústria: desafios e oportunidades
3. Exemplos de empresas no Paraná: desbravando a descarbonização
Regulamentação do Mercado de Carbono no Brasil
Em 4 do último ano, a Comissão do Meio Ambiente (CMA) do Senado aprovou por unanimidade o Projeto de Lei (PL) 412/2022, estabelecendo o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), também conhecido como Mercado Regulado de Carbono.
O projeto define um teto de emissões de 25 mil toneladas de CO2 por ano. Empresas que ultrapassarem esse limite terão que reduzir ou comprar créditos de carbono para compensar suas emissões.
Essa regulamentação não apenas promove a responsabilidade ambiental, mas também estabelece regras claras que impactarão diretamente as operações e estratégias das empresas.
Saiba também como funciona o Mercado de Carbono e o que se comercializa nele.
Descarbonização da indústria: desafios e oportunidades
A descarbonização da indústria é crucial para enfrentar as mudanças climáticas. Envolve a transição energética, eliminando combustíveis fósseis na geração de energia e adotando fontes limpas e sustentáveis.
Esse processo apresenta desafios significativos. Paulo Roberto Pupo, da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente, destaca a necessidade de investimentos significativos e parcerias entre empresários e órgãos regulamentadores.
A gestão climática exige que as empresas sigam dois caminhos: a redução das emissões internas e na cadeia de valor, e a compensação de carbono, envolvendo o mercado de crédito de carbono.
Conheça 8 formas de reduzir ou remover emissões de GEE por meio de projetos de carbono.
Essa prática implica em comprar créditos de carbono de empresas que conseguiram reduzir suas emissões, criando um sistema de incentivo para a descarbonização.
Exemplos de empresas no Paraná: desbravando a descarbonização
Empresas paranaenses como a Klabin e a Electrolux destacam-se como exemplos de sucesso na descarbonização. A Klabin, maior produtora de papéis para embalagens do Brasil, reduziu mais de 68% das emissões desde 2003, adotando fontes de energia renovável.
A Electrolux, por sua vez, segue uma estratégia baseada na transição para energia renovável, eficiência na utilização de recursos e eliminação total dos combustíveis fósseis.
Ambas as empresas não apenas abraçam a gestão climática como parte essencial de suas operações, mas também buscam envolver fornecedores e clientes em suas metas de descarbonização.
A gestão climática tornou-se uma realidade inescapável para as empresas brasileiras. A regulamentação do mercado de carbono e os esforços de descarbonização da indústria são passos significativos em direção a um futuro mais sustentável.
Empresas que adotam medidas proativas, como as exemplificadas pela Klabin e Electrolux, não apenas contribuem para a preservação do meio ambiente, mas também fortalecem sua competitividade em um mercado cada vez mais consciente e voltado para a sustentabilidade.
O desafio agora reside na adoção generalizada dessas práticas, preparando o cenário para um Brasil mais resiliente e alinhado com os objetivos climáticos globais.
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