COP 28 inicia com acordo sobre perdas e danos
Nesta quinta-feira (30), iniciou-se um novo capítulo na jornada de sustentabilidade: mais uma edição da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas – COP. A 28ª edição do evento segue até o dia 12 de dezembro em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Todo ano, a COP reúne representantes do mundo todo voltados para o mesmo objetivo: buscar soluções para enfrentar as mudanças climáticas.
A cada ano, a COP acontece em uma região diferente, e o país anfitrião geralmente assume a presidência do evento. Nesta edição, o sultão Ahmed Al Jaber, ministro da Indústria e Tecnologia Avançada dos Emirados Árabes Unidos (EAU), foi o escolhido para liderar as negociações climáticas.
Acordo sobre perdas e danos
O primeiro dia do evento já foi marcado pela aprovação de um fundo climático destinado a financiar as perdas e danos enfrentados por países vulneráveis. A medida foi resultado de uma reunião que contou com a participação de delegados de quase 200 países, concretizando assim o principal resultado esperado após a COP 27, realizada no Egito no ano passado. Na COP 27, o princípio da criação do fundo foi aprovado, mas os detalhes não foram definidos naquela ocasião.
As chamadas “perdas e danos” têm sido um dos pontos mais controversos nas negociações internacionais ao longo de três décadas. A resistência dos países industrializados, que historicamente dependem de combustíveis fósseis, foi superada somente durante a COP do ano passado.
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Durante os primeiros quatro anos, o fundo será administrado pelo Banco Mundial, mas sob condições específicas que asseguram um acesso rápido e equitativo para os países que necessitarem desses recursos.
O acordo foi celebrado por Madeleine Diouf Sarr, presidente do grupo de países menos desenvolvidos, representando 46 das nações mais carentes. Em sua declaração, enfatizou que a decisão carrega um “imenso significado para a justiça climática”.
O início da COP 28 em Dubai teve as primeiras reuniões de acordos e grupos técnicos, incluindo discussões sobre o Protocolo de Kyoto e o Acordo de Paris. Além disso, estão programadas reuniões de grupos econômicos, como o G77, composto por países em desenvolvimento, incluindo o Brasil. É esperado um grande interesse na participação do Brasil durante a COP 28, já que o país apresentará avanços significativos e também sediará a COP 30 em Belém, no Pará. Esta presença verde e amarela será um dos destaques ao longo da Conferência das Partes.
Brasil na COP 28
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou em Dubai no dia 30 de novembro para representar o Brasil na 28 edição da COP. Em entrevista, Lula afirmou que na COP, vai debater a preservação da Floresta Amazônica. “Vamos avaliar se os países mais desenvolvidos estão verdadeiramente comprometidos em investir nos países que abrigam essas florestas, permitindo que elas se mantenham intactas e ofereçam sustento diário para as comunidades. Cada árvore na Amazônia é um lar para um cidadão brasileiro, e é fundamental que isso seja reconhecido”, declarou.
Olhando para o futuro
À medida que a COP 28 se desenrola, cada discurso, cada compromisso e cada passo dado são peças vitais nesse quebra-cabeça complexo e crucial. O mundo observa com expectativa e esperança, na esperança de que os resultados desta conferência levem a um compromisso global mais forte e a ações significativas para preservar nosso planeta para as gerações futuras.
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