Qual a relação entre agronegócio e mercado de créditos de carbono?
Como grande parte dos brasileiros sabe, os negócios em agropecuária toram-se muito importantes para a economia do país. Ao mesmo tempo, possuem também um grande potencial para favorecer o desenvolvimento sustentável, basta observar a relação entre o agronegócio e o mercado de créditos de carbono.
Isso porque o uso de créditos de carbono podem gerar receitas adicionais para as empresas e outros benefícios para o meio ambiente.
Então, neste artigo, vamos explicar melhor como as empresas que atuam no agronegócio se relacionam com o mercado de créditos de carbono, bem como os principais benefícios que essa interação pode trazer.
Veremos também como as empresas agrícolas podem aproveitar os recursos desse mercado para melhorar seus resultados financeiros e contribuir com ações para um futuro mais sustentável no planeta.
Índice
1. Como empresas agrícolas podem se beneficiar do mercado de créditos de carbono
2. Saiba o que é a compensação de carbono
3. Mitigação e compensação de GEE no agronegócio
4. Inventário de emissões de GEE: o primeiro passo
Como empresas agrícolas podem se beneficiar do mercado de créditos de carbono
O mercado de créditos de carbono é uma das soluções mais interessantes para que as empresas do agronegócio reduzam as emissões de carbono.
Ou seja, o objetivo deste sistema é possibilitar a compra e venda de créditos de carbono entre empresas, permitindo assim que elas se comprometam com ações ambientais.
Aliás, conheça empresas que já monitoram e reportam emissão de gases de Efeito Estufa.
A partir da aquisição de créditos de carbono as empresas agrícolas podem investir em projetos que reduzam emissões de dióxido de carbono na atmosfera.
Isso significa que a partir das ações de redução é que os os créditos são gerados e então podem ser negociados, sendo adquiridos por outras empresas para compensar suas próprias emissões.
Esta alternativa, no entanto, é apenas um dos caminhos para se beneficiar desse mercado, contribuindo com acordos para ajudar o esforço global na preservação da natureza para retardar o aquecimento global.
Na verdade, esse tipo essa dinâmica da economia verde também pode gerar economia para os negócios, já que a compra e venda dos créditos podem ser usadas como um meio eficaz de reduzir custos.
Saiba o que é a compensação de carbono
A compensação de carbono, por outro lado, é uma forma de mitigar os efeitos das emissões de gases de efeito estufa. É um importante desenvolvimento para alcançar os compromissos internacionais de neutralidade climática.
No agronegócio, a compensação de carbono pode assumir várias formas, desde a adoção de práticas agrícolas que promovam o armazenamento de carbono no solo, até a preservação florestal.
Essas medidas podem ser implementadas por meio do estabelecimento de projetos de compensação que oferecem créditos de carbono aos participantes.
Esses créditos podem ser negociados no mercado internacional de carbono, permitindo que as empresas e organizações reduzam seu impacto ambiental e cumpram seus compromissos com o clima.
Inclusive, estudos mostram que os projetos de compensação de carbono no agronegócio têm um grande potencial para tornar as atividades agrícolas mais sustentáveis.
Mitigação e compensação de GEE no agronegócio
Para que você entenda da melhor forma, o agronegócio tem um papel fundamental na mitigação de GEE (Gases de Efeito Estufa), pois muitas atividades relacionadas ao setor contribuem diretamente para o aumento de emissões.
Por isso, é importante que as empresas desse segmento adotem medidas para reduzir ou compensar a emissão de gases de efeito estufa, no caso das emissões que não puderam ser evitadas. Uma das formas para alcançar esse objetivo é o mercado de créditos de carbono.
Nesse mercado, as empresas compram e vendem créditos de carbono, oferecendo uma solução financeira que recompensa as práticas efetivas de mitigação.
Aproveite para conhecer melhor estratégias Insetting e Offsetting para descarbonização.
Além disso, os investimentos provenientes do mercado incentivam as empresas do agronegócio a implementar projetos de mitigação de GEE, como restauração florestal, recuperação de pastagens e uso sustentável da água.
Nesse sentido, o mercado de créditos de carbono torna-se uma importante ferramenta para o agronegócio, pois além da possibilidade de compensar as emissões existentes, também incentiva o setor a adotar práticas ambientalmente responsáveis.
Inventário de emissões de GEE: o primeiro passo
Até aqui conseguimos entender melhor como o agronegócio pode se beneficiar do mercado de créditos de carbono, e analisar claramente que a adoção dessa prática é uma das formas de contribuir para um futuro mais sustentável.
A tecnologia e os recursos disponíveis permitem às empresas agrícolas gerar renda adicional enquanto reduzem sua pegada de carbono, além de incentivar outras empresas a fazerem o mesmo.
Contudo, é importante entender que toda jornada de descarbonização possui várias etapas. O primeiro passo é o inventário de emissões de gases do Efeito Estufa, o qual é imprescindível que seja realizado periodicamente pelas empresas.
Somente a partir do inventário, é possível mapear as emissões de todas as etapas da cadeia produtiva e delinear, portanto, estratégias de mitigação ou compensação que sejam, de fato, eficazes. Focar em planos de mitigação ou neutralização torna-se um processo muito mais fácil a partir da identificação das áreas que mais emitem carbono. Aliás, a realização do inventário pode, inclusive, apontar pontos de possíveis redução de GEE que antes passaram despercebidos pela empresa.
É necessário ressaltar que a realização do inventário de gases do Efeito Estufa é um compromisso urgente com o meio ambiente e com a sociedade, inclusive, com os stakeholders, que esperam essa transparência e adoção de posicionamento sustentável por parte das empresas.
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